magnesium3 min read12 de setembro de 2025

Magnésio: como testar uma deficiência?

Análises e referências práticas para avaliar o status de magnésio.

Magnésio: como testar uma deficiência?

Magnésio: como testar uma deficiência?

Avaliar uma deficiência de magnésio se apoia na associação dos sintomas, dos fatores de risco e de análises direcionadas. A dosagem mais comum é a magnesemia sérica, útil para detectar uma hipomagnesemia franca; conforme os casos, testes complementares podem ser necessários.


Quais exames solicitar primeiro para avaliar um déficit de magnésio

  • Magnesemia sérica (sangue venoso): exame de primeira linha, amplamente disponível. Um valor baixo confirma a hipomagnesemia. As faixas de referência variam conforme o laboratório; a interpretação se faz sempre com o contexto clínico, ver referências de referência.
  • Ionograma associado: avaliar o potássio (hipocalemia frequente), o cálcio e às vezes o fosfato, que orientam o mecanismo e as consequências.
  • Função renal: a depuração renal condiciona a homeostase do magnésio e a segurança dos suplementos.
O que a dosagem sérica realmente mede

A magnesemia representa uma pequena fração do magnésio total corporal; ela pode estar normal na presença de um déficit tissular, notadamente no início ou se a deficiência for moderada.


Compreender os limites da dosagem sérica e interpretar o contexto clínico

Uma magnesemia normal não exclui uma deficiência, especialmente se os sinais (cãibras, parestesias, fadiga, palpitações) e os fatores de risco estão presentes (perdas digestivas, álcool, diuréticos, IBP) — ver a página hipomagnesemia.
Na prática, confronta-se:

  • a intensidade dos sintomas e sua cronologia,
  • os tratamentos em curso (diuréticos, inibidores de bomba de prótons, aminoglicosídeos, quimioterapias),
  • as comorbidades (diabetes, patologias digestivas),
  • os resultados biológicos associados (calemia, calcemia), às vezes mais reveladores que a magnesemia isolada, segundo StatPearls.

Testes complementares possíveis em caso de dúvida persistente ou situações direcionadas

  • Magnesúria de 24 horas: útil para distinguir perdas renais (magnesúria elevada) de perdas digestivas; mais informativa que o spot urinário isolado.
  • Magnésio eritrocitário (RBC): às vezes proposto; interesse clínico debatido e disponibilidade heterogênea. A reservar para situações especializadas e interpretar com prudência.
  • Magnésio ionizado: reflexo da fração livre; medida técnica não padronizada e disponibilidade limitada; uso principalmente em meio especializado.
  • Teste de carga de magnésio: raramente utilizado; pode ajudar a documentar uma deficiência tissular quando uma dúvida persiste apesar de resultados séricos equívocos.
Fazer simples, depois refinar se necessário

Comece pela magnesemia e o balanço eletrolítico. Considere exames complementares apenas na presença de uma discrepância clínico-biológica ou de um contexto de risco persistente.


Quando fazer um balanço: sintomas, fatores de risco e tratamentos associados

Indicações frequentes: associação de cãibras/espasmos, parestesias, fadiga, distúrbios do sono; palpitações; contexto de perdas digestivas, álcool, diuréticos, IBP ou comorbidades (diabetes, doenças digestivas). Em sujeitos de risco cardiovascular ou polimedicados, documentar rapidamente antes de ajustar os tratamentos — ver hipomagnesemia.

Urgências potenciais

Convulsões, distúrbios do ritmo, alteração da consciência: encaminhar com urgência. O tratamento intravenoso é hospitalar e não substitui os suplementos orais.


Na prática: preparar o exame, evitar interferências e erros de interpretação comuns

  • Idealmente, evitar uma suplementação nas 24–48 h precedendo a coleta de sangue se o objetivo for diagnóstico (salvo orientação médica contrária).
  • Especificar os medicamentos tomados (diuréticos, IBP, antibióticos), o álcool, as diarreias recentes, a desidratação.
  • Interpretar conforme as referências do laboratório e o prontuário clínico global.

Quais testes são mais úteis conforme a situação clínica

  • Magnesemia sérica: primeira linha; não reflete os estoques.
  • Ionograma associado: contexto eletrolítico (K, Ca, P).
  • Magnesúria 24 h: diferencia perdas renais vs digestivas; coleta trabalhosa.
  • Magnésio eritrocitário (RBC): interesse debatido; reservado para situações especializadas.
  • Magnésio ionizado: fração livre; técnica não padronizada, disponibilidade limitada.

Fontes

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#testes#análises#magnésio

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