magnesium4 min read14 de setembro de 2025

Magnésio: benefícios, sinais de déficit, alimentos e suplementos (guia completo)

O que o magnésio faz, como perceber que está em falta, melhores fontes alimentares, quando suplementar e quais cuidados ter.

Alimentos e suplementos ricos em magnésio

O que é o magnésio?

O magnésio é um mineral essencial presente em todo o organismo. Um adulto armazena cerca de 25 gramas, com ~50–60% nos ossos e o restante em tecidos moles e músculos.
Ele atua como cofator em mais de 300 reações enzimáticas ligadas ao metabolismo energético, à sinalização nervosa e à função muscular, como detalha o MedlinePlus.


Por que precisamos dele? Funções e benefícios principais

  • Energia e anti‑fadiga – necessário para produzir e utilizar ATP, a “moeda” de energia da célula.
  • Sono e relaxamento – ajuda a equilibrar neurotransmissores; em pessoas com insônia, o magnésio pode apoiar a qualidade do sono (as evidências variam conforme o estudo).
  • Estresse e humor – contribui para uma resposta saudável ao estresse, principalmente quando a ingestão basal é baixa.
  • Músculos e câimbras – essencial para contração e relaxamento muscular normais.
  • Ossos e dentes – trabalha junto com cálcio e vitamina D para manter a estrutura óssea.
  • Coração e pressão – favorece ritmo cardíaco e tônus vascular adequados.

Nota: a força das evidências muda conforme a indicação; primeiro garanta a ingestão diária adequada antes de esperar efeitos específicos.

Interações importantes

O magnésio pode reduzir a absorção de certos medicamentos se tomado ao mesmo tempo (por exemplo, tetraciclinas e fluoroquinolonas). Separar as tomadas por algumas horas ou conversar com o profissional de saúde ajuda a evitar essas interações.


Sinais de possível déficit de magnésio

No início os sinais são inespecíficos. Se você marca vários itens desta lista, a baixa ingestão pode estar contribuindo:

  • cansaço persistente, pouca energia;
  • irritabilidade, nervosismo, dificuldade para “desligar”;
  • problemas de sono, despertares noturnos;
  • câimbras ou tremores musculares (inclusive o “olho tremendo”);
  • dor de cabeça mais frequente.

Grupos com maior risco: idosos, pessoas com dieta muito baseada em ultraprocessados e poucos vegetais, atletas de resistência, indivíduos com doenças intestinais e quem usa diuréticos ou inibidores de bomba de prótons (IBP) por longos períodos; todos esses perfis apresentam maior probabilidade de déficit segundo o MedlinePlus.


Quanto magnésio por dia?

As referências internacionais (adultos) giram em torno de:

  • Mulheres: ~310–320 mg/dia
  • Homens: ~400–420 mg/dia

O limite superior (UL) para magnésio vindo de suplementos é de 350 mg/dia em adultos; esse valor não se aplica ao magnésio obtido nos alimentos.

Dica prática

Para melhor tolerância e absorção mais estável, divida a dose (manhã/noite) e tome o magnésio junto com alimentos se você tiver estômago sensível.


Onde encontrar magnésio? Melhores fontes alimentares

Vários alimentos do dia a dia são boas fontes, especialmente oleaginosas e sementes, leguminosas, verduras verde‑escuras e cereais integrais.

Exemplos:

  • sementes de abóbora, castanha‑de‑caju, amêndoas, castanha‑do‑pará;
  • espinafre, couve e outras folhas verde‑escuras;
  • feijão, lentilha, grão‑de‑bico;
  • aveia, arroz integral, quinoa e outros grãos integrais;
  • cacau em pó e chocolates com alto teor de cacau.

Na cozinha, evite fervuras prolongadas: parte do magnésio vai para a água do cozimento. Preferir vapor ou refogados ajuda a preservar minerais.


Suplementos de magnésio: quando e como usar

Uma suplementação por tempo limitado pode ajudar quando a alimentação não cobre as necessidades (treino intenso, gestação, estresse crônico, baixa ingestão sustentada).

Formas mais comuns e o que se sabe:

  • Citrato / cloreto / lactato / aspartato – em geral melhor absorvidos que o óxido em estudos clássicos.
  • Bisglicinato (glicinato) – muito usado por ser bem tolerado no trato gastrointestinal; os dados clínicos comparativos ainda são limitados em relação a citrato/óxido.
  • Óxidoabsorção menor e efeito mais laxativo em doses altas.

Comparação rápida:

FormaBiodisponibilidadeTolerânciaPreço
CitratoBoaBoaR$ R$
BisglicinatoMuito boaMuito boaR$ R$ R$
MalatoBoaBoaR$ R$
ÓxidoBaixaVariável (mais laxante)R$

Se o objetivo for constipação, produtos de citrato de magnésio funcionam de forma osmótica e costumam fazer efeito em 30 minutos a 6 horas — siga o rótulo e mantenha boa hidratação.


Efeitos colaterais e precauções

Com função renal normal, o excesso de magnésio vindo de suplementos costuma ser excretado. O efeito adverso mais comum é fezes amolecidas/diarreia, especialmente com certas formas ou doses altas.

Importante

Em caso de insuficiência renal, o magnésio pode se acumular. Não use suplementos sem orientação médica.

Interações frequentes (separe as tomadas):

  • Antibióticos (tetraciclinas, fluoroquinolonas) — deixe um intervalo de algumas horas.
  • Bifosfonatos – tome ao menos 2 horas antes ou depois.
  • Levotiroxina – separe algumas horas para evitar redução de absorção.
  • Diuréticos / IBPpodem alterar o estado de magnésio quando usados cronicamente, por isso vale monitorar (especialmente em uso prolongado).

Conclusão: um essencial silencioso que merece atenção

O magnésio não é “remédio milagroso”, mas é um pilar básico. Priorize alimentos ricos em magnésio e considere uma suplementação prudente se a ingestão ou os sintomas sugerirem necessidade — respeitando as ingestas de referência e espaçando as doses de medicamentos sensíveis.

Em caso de dúvida, converse com um profissional de saúde.

Tags

#magnésio#deficiência#sono#energia#câimbras#suplementos

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