iodine3 min read15 de novembro de 2025

Deficiência de iodo: sintomas, exames, aportes, alimentos

Como reconhecer uma deficiência de iodo (bócio, sinais de hipotireoidismo), quais exames solicitar, quais aportes visar e quais alimentos privilegiar — com precauções e tolerância.

O iodo é indispensável para a tireoide fabricar T3/T4. Quando o aporte baixa duravelmente, a glândula tenta compensar... até o bócio. A deficiência de iodo permanece rara na França em adultos que utilizam sal iodado, mas pode ocorrer com dietas muito restritivas, em gravidez se as necessidades não são cobertas, ou em caso de excesso de algas muito variáveis que desequilibram o status. Para as bases clínicas, ver a síntese em francês sobre a deficiência de iodo.


Sintomas (déficit leve → hipotireoidismo)

  • Fadiga, lentidão, intolerância ao frio
  • Pele seca, queda de cabelo, constipação
  • Ganho de peso moderado, bradicardia
  • Bócio (aumento do volume tireoidiano)
  • Na mulher grávida: risco para o desenvolvimento neurocognitivo do feto em caso de déficit não corrigido

Estes sinais não são específicos: eles necessitam de uma avaliação clínica e biológica. Para uma visão geral, ver a página clínica deficiência de iodo (MSD).

Quando consultar?

Em caso de sintomas de hipotireoidismo, de bócio ou de gravidez sem sal iodado/alimentos marinhos regulares, solicite orientação médica. A deficiência deve ser confirmada e tratada.


Exames e referências

  • TSH, fT4 (± fT3): primeira abordagem do funcionamento tireoidiano.
  • Iodúria (iodo urinário): reflete sobretudo o aporte recente. Na prática, a iodúria spot é útil para o diagnóstico populacional, menos para o indivíduo (grande variabilidade). O guia OMS/UNICEF/ICCIDD define os limites populacionais (medianas de iodúria) e insiste na interpretação em escala de grupo.
  • Tireoglobulina (biomarcador populacional), ultrassonografia (volume tireoidiano): mais em epidemiologia ou casos específicos.

Em resumo: raciocinamos primeiro clínica + TSH/T4. A iodúria individual pode ser informativa em um contexto repetido/padronizado, mas se interpreta com prudência. Ver também a ficha profissional NIH ODS sobre o iodo para os limites práticos das dosagens e as referências de aportes.


Alimentos ricos em iodo (e variabilidade)

  • Peixes e frutos do mar (bacalhau, merluza, mexilhões)
  • Produtos lácteos (variabilidade segundo práticas de criação e de iodação)
  • Ovos
  • Sal de mesa iodado (verificar "iodado" no rótulo)
  • Algas: teores muito variáveis (algumas muito elevadas) → risco de excesso se consumo regular de kelp/laminária.

Para comparar precisamente, apoie-se na tabela Ciqual e na ficha NIH ODS que fornecem ordens de grandeza e precauções (notadamente para as algas).

Dicas: se você limita os produtos do mar, o uso regular de sal iodado na cozinha no lugar do sal padrão ajuda a garantir o aporte.


Doses e tolerância

Aportes a visar

Limites de segurança / excesso

  • UL (EFSA): 600 µg/dia (adulto); UL (US): 1.100 µg/dia — ver EFSA 2014 e NIH ODS.
  • Excesso crônico: pode desencadear disfunção tireoidiana (hipo/hiper) em indivíduos suscetíveis, especialmente com algas ricas (kelp).
  • Interações: cautela se tratamento tireoidiano (ex. levotiroxina) ou patologia autoimune. Personalizar com um profissional de saúde.
Prática

Baseie-se primeiro em alimentação + sal iodado. Em gravidez ou se o aporte alimentar for baixo, uma suplementação moderada pode ser discutida com seu profissional de saúde (respeitar as referências e evitar as algas muito ricas no longo prazo).


FAQ

O sal marinho é naturalmente iodado? Não necessariamente. É preciso um sal "iodado" (iodação voluntária); verifique o rótulo.

É preciso dosar a iodúria para cada paciente? Não em rotina: a iodúria spot varia muito. Privilegiamos clínica + TSH/T4. A iodúria é sobretudo populacional (ver OMS/UNICEF/ICCIDD).

As algas são uma boa fonte de iodo? Sim, mas muito variáveis: certas algas ultrapassam rapidamente os UL. Utilize-as com parcimônia.

Quem está mais em risco? Gravidez/amamentação, dietas muito pobres em produtos marinhos, má absorção ou exclusões múltiplas, patologias tireoidianas (a supervisionar medicamente).


Fontes

Tags

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